Achei interessante a comemoração do Dia da língua materna e me perguntei: por que não “língua paterna”? E após algumas pesquisas achei marcantes diferenças entre essas “línguas”.
A língua materna é puramente oral: falada/ouvida, gesticulada. Traz familiaridade, sororidade, conforto, alento, afeto, reconhecimento, lar, casa. Sons e ruídos que mesmo não considerados “corretos” pela norma culta, aos nossos ouvidos são tão familiarmente reconhecidos que despertam acolhimento e sentimento de pátria-mãe. Essa língua traz um vínculo ancestral com nosso feminino sagrado.
Já a língua “paterna” ou pátria é representada pela norma culta: ortografia, escola, padrões, estrutura da escrita; tudo o que se faz para preservação cultural das regras línguísticas, representando nosso patriarcado, com normas, regras e registros. Língua essa que permitiu a expansão e divulgação entre novas terras, facilitando a comunicação global.
Respeitar e reconhecer a importância da língua é uma das melhores formas de homenageá-la. Uma das maneiras de se fazer isso é, por exemplo, reverenciando as suas palavras.
Tanto a língua materna quanto a “paterna” são importantes na formação e comunicação do indivíduo. Juntas trazem integração e melhora da comunicação entre as pessoas, seja ela verbalizada, gesticulada, escrita e/ou documentada.
E você prefere o ” maternês” ou o “paternês”?