Cervantes já dizia que o medo tem muitos olhos e enxerga coisas no subterrâneo. Vivemos escravos do pavor, prisioneiros da sociedade, armados de preconceitos, em disputas egóicas, solitários pela covardia da entrega, renunciando aos nossos sonhos e projetos pelo medo do fracasso.
Medo disso, medo daquilo…
Medos que ativam mecanismos instintivos de sobrevivência e que permitiram a nossa perpetuação como espécie, conhecidos como instintos reptilianos.
Medo da morte… que na maioria das vezes, não a previne, mas sim a vida!
Nos tornando covardes e incapazes de agir com destemor, bravura e confiança, tornando-nos unicamente sobreviventes.
Dominar nossos instintos animais e despertar nossa humanidade, dota-nos de sabedoria.
O desconhecimento de si mesmo é o que mais promove o medo, pois só reconhecemos aquilo que conhecemos. O exterior se projeta do nosso interior.
O primeiro passo é reconhecer o medo, identificá-lo. Ele é uma realidade e tem que ser compreendido, para depois ser transformado. Entendendo a natureza do medo podemos partir para a ação e solução.
Como se adultos, déssemos a mão para nossa criança interior e a conduzíssemos com segurança.
A beleza da vida está na impermanência e finitude, porque pode ser perdida. Caso fôssemos imortais não a apreciaríamos integralmente.
Viva perigosamente! Pois a vida é um risco. Ouse aventurar-se nas incertezas da vida, corra o risco de ser feliz…