Oi queridos
Hoje vou escrever sobre prisões…
Como assim? Prisões são tudo aquilo que te amarra (ou você acredita que sim), te impede de realizar, te limita, te imobiliza e te faz infeliz. Mas será que é assim? Será que sempre somos aprisionados ou nós mesmos nos aprisionamos em idéias, crenças, crendices, religiões, relacionamentos, medos, preconceitos, armaduras, trabalhos, apegos, etc.
Eu acredito que a maioria das prisões e limitações nós mesmos construímos. Um emprego que odiamos mas que mantemos por “necessidade”, um relacionamento destrutivo que acreditamos que sozinhos “não daríamos conta”, filhos que ficariam traumatizados com a escolha de um divórcio, algumas certezas políticas que nos tornam “cegos ideológicos” e inúmeros outros tipos de prisões.
Entretanto estamos preparados para a liberdade plena? De certa forma escolher certas prisões nos trazem conforto e sensação de pertencimento, de forma a nos sentirmos seguros para construirmos e convivermos em sociedade, como por exemplo: um casamento ou relacionamento, uma associação ou clube, um cargo, um curso longo, uma construção ou obra. Temos que nos dedicar de corpo e alma nesses compromissos que nos lançamos e felizmente cumprimos em nossas vidas. A diferença é que nem todas as amarras são negativas. E se somos livres para escolher o que nos torna felizes por que não deixarmos o que nos faz infelizes?
É uma dependência maravilhosa de compartilhar seu tempo, vontade, dedicação e comprometimento com pessoas e coisas que acredita e que valem a pena. Pois é aí que mora a liberdade em escolher no que e em quem se amarrar. O critério talvez seja: se for funcional e prazeroso, eu fico por vontade própria, se não for é “cárcere privado”!
Paulo Freire diz: “A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação, exige permanente busca. Busca permanente que só existe no ato responsável de quem a faz. Ninguém tem liberdade para ser livre: pelo contrário, luta por ela precisamente porque não a tem. Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, as pessoas se libertam em comunhão.”