Adoro este torpor de mim mesma.
De me embriagar de personalidade e ser várias em uma só.
De me desnudar de preconceitos e conceitos de interessantes pontos de vista que pouco ou nada dizem sobre mim.
Me alegro todas as vezes que digo não para os outros para dizer sim às minhas necessidades e egoísmos.
Da busca pelo que me faz sentir viva, inteira, integrada, apaixonantemente única.
Momentos que divido com poucos ou com nenhuns.
Respirar e transpirar emoções SINESTESICAMENTE indescritíveis.
Ouvir a minha própria voz e cantar a minha própria canção, no meu próprio ritmo.
Ou ser e representar a voz de outros que através DE MIM podem expressar suas vontades.
Sangrar sementes e projetos abortados, mas que se renovam a cada ciclo.
Memorar os amores de alma, infinitos e eternos nas vidas terrenas e efêmeras.
Curar feridas tatuadas no espírito, de vidas vividas ou pouco vividas, que estoicamente lapidaram meu ser.
Escritas que nem sempre são minhas, mas que me invadem e comandam minhas mãos, psicografando autorias do além.
Pulverizando emanações e ideias para inspirar e conspirar um mundo (talvez) um pouco melhor.