Na religião existe um representante, uma autoridade. O divino está fora: superior, maior, incontestável, supremo. Toda religião tem normas, regras, leis, condutas: faça isso, não faça aquilo.
Em toda norma existe o certo e o errado, a luz e a sombra, o amor e o medo, a fé e a dúvida.
A Era de Peixes representa bem as religiões. São cardumes que seguem em massa “inscrições divinas”, guiadas por um representante de Deus, hierarquicamente superior aos demais.
Osho diz que se o amor surgir as religiões desaparecerão.
Já na religiosidade Deus ou a divindade é onipresente. Está dentro, em tudo e em todos, indistintamente.
Não existe certo ou errado, culpado ou inocente. Somos seres humanos falíveis e em processo constante de evolução e aprendizagem.
Temos sim o livre-arbítrio de escolher como realizar nossa trajetória terrena. Mas obrigatoriamente colheremos as consequências de nossas escolhas.
Manifestamos a divindade a todo instante através de nossas obras: criando vidas, projetos…
O céu e o inferno coabitam nosso ser de acordo com nossa consciência ou inconsciência.
O vazio vem de buscar fora de si a divindade, como se fôssemos separados dela.
Ser pleno é ser o Todo e o Todo estar em nós. Manifestamos a divindade a partir de nossas potencialidades. Brilhar e ser luz significa trazer consciência para a dualidade terrena, abraçando nossos deuses e demônios, aceitando-os.
Iluminar-se é permitir que Deus se manifeste através de nós.
Ter religiosidade enfim é despertar para a consciência de que somos luz, temporariamente passando por uma experiência humana.