Muitas vezes a caneta da minha mão tem vontade própria e começa a escrever palavras e letras independentente do meu comando. Descrevendo mundos, sentimentos, pessoas, cheiros, plantas e elementos diversos.
Jorros de idéias que rapidamente são atirados a um papel, materializando criações e histórias que muitas vezes não me pertencem.
Escrevivências e memoricídios do além que atravessam meu ser e que imploram para ser paridos na celulose.
Outras vezes nascem nos aplicativos do tablet e do celular, rapidamente digitados para não perderem nenhuma letra ou sinal. Dá no mesmo, tem pressa, pois são urgentes.
Vômitos de letras que as vezes digito faltando uma vogal ou consoante. Ou mesmo conjugando pessoas erradas ou personificando seres ou elementais.
Onomatopéias rugem e gritam na minha cabeça.
Para muitos sei que sou uma hipérbole quando transcrevo outros mundo, pois minha sinestesia exagerada pode ser interpretada como irrealidades e utópia para cépticos. Expressões que abalam, transgridem convicções e crenças podendo ser tratadas como pensamentos sépticos.
Me indago se minha lou”cura” tem cura ou se posso amenizá-la transformando-a em lowcura.