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Mulher Selvagem

Por tantas vezes te escondi
Outras te reprimi
Da mesma forma que se cobre um vulcão
Cerrei minhas dores e feridas num caixão

Não sabia que a alma selvagem nunca morre
Pode anestesiar, adormecer, entorpecer
E quando renasce quebra, rompe, extravasa e liberta
Todo grito, gozo, medo e abuso reprimido.

Tantas vezes te maltratei e fingi ser invisível
Perante um mundo desleal e cruel que eu acreditei ser verdade
Me disfarcei de forte
inutilmente domestiquei meus sentidos

Nesses processos me mutilei,
Calei vozes, abafei sons, adormeci dons
Adiei sonhos e perdi a fé
No amor, em mim e na vida

Mas meu sangue jorrava do meu ventre
Buscando aconchego na Mãe-Terra
Urrando de dor e clamando vida
Semeando um novo ciclo

Mas ao contemplar a lua
Renasci nua
Cheia de vontades e amores
Crescente de prazeres

Num ato de total entrega
Recebi meu masculino sagrado
Pulsando virilidade e fertilidade
E engravidei de mim mesma

Gestei, nutri, acolhi
E finalmente, pari!
De minhas entranhas e profundezas
Nasceu minha alma.

Reiki-se

Mestra Reiki Pedagoga Sistêmica Mulher Medicina

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