O rabino Isaac Luria, Ari “Leão”, ensinava no séc. XVI, que o Último dever de toda pessoa é ajudar a emendar um universo despedaçado, unificando as centelhas do sagrado por meio da percepção da sacralidade intrínseca de todas as coisas.
Tudo na vida nos apresenta centelhas encerradas dentro de cascas, esperando ser libertadas, nos convidando a deixar nossa marca no mundo com nossas preces, nossa consciência e nossos atos de amor-bondade.
Momento único que vivemos (crise do corona vírus) que nos possibilita 2 ações: enclausurarmo-nos na própria dor ou praticarmos atos de generosidade por aqueles que se encontram mais fracos e descrentes da vida.
Re-parando, re-unindo, re-organizando e re-dimindo a nós mesmos primeiramente, depois ao outro. Sacralizando as relações e comungando com a humanidade nossos dons e talentos. Ofertando nossa luz, nosso olhar, nosso calor. Combatendo nossas misérias e temores em prol de testemunharmos verdadeiros milagres da natureza humana.
Apesar de muitos ignorarem sua própria centelha divina, ela pertence integralmente a todos nós humanos, sem exceção.
Deixo aqui as perguntas sem expectativa das respostas:
Como servir ao mundo, sem a subserviência e entrega? Como entregar algo sem nos render? Como esperançar sem esperar nada em troca? Como amar sem nos armar?